2010/11/29

Modelos de desenvolvimento e avaliação da qualidade de cursos online

Um dos maiores desafios que os educadores online enfrentam no processo de ensino-aprendizagem é proporcionar cursos online de qualidade. Mas como é que esta questão de eficiência pode ser discutida? De que modo os programas de ensino a distância ou em contexto online e a disponibilização de recursos institucionais podem desenvolver ou manter uma qualidade educacional que motive os alunos para uma aprendizagem de sucesso?

No sentido de explorar e compreender com alguma profundidade esta problemática, foi solicitado à turma de MPEL'04 a leitura e análise de vários artigos científicos. Faço parte do grupo a quem coube estudar o artigo "Quality Guidelines for online Courses:The Development of an Instrument to Audit Online Units", de A. Herrington et al. (2001).

Este artigo é um contributo na identificação de critérios para a medição da qualidade do ensino online em contexto universitário, visando proporcionar, sobretudo, uma orientação para os seus criadores e designers. O aluno está no centro do processo e realiza, sob um espírito colaborativo, tarefas autênticas (contexto de vida real) para a produção do conhecimento e criação do material educativo.

Os autores sugerem que a reflexão sobre a concepção de um ambiente virtual de aprendizagem se concentre em três áreas principais: Pedagogias, Recursos e Estratégias de disponibilização.

Quanto à pedagogia, enumeram algumas características: tarefas autênticas que sejam um reflexo da forma como o conhecimento adquirido é utilizado em contextos da vida real; este tipo de tarefas e o próprio ambiente de aprendizagem são cativantes, motivadoras e desafiadoras, formando um quadro de oportunidade para a colaboração entre os estudantes e para uma avaliação significativa sobre o próprio processo.

Num ensino online de qualidade, defendem que os recursos devem estar acessíveis a todos, o que exige organização para a facilidade de localização; ser precisos, isto é, actualizados e adequados ao que se estuda; proporcionar perspectivas que tenham, intencionalmente, em conta a inclusividade social, cultural e de género. Finalmente, que o uso dos media seja variado, intencional (de acordo com o objecto de estudo) e correcto.

Por fim, as estratégias de disponibilização dos recursos ou materiais online devem considerar as questões relativas ao interface e à utilização da tecnologia. Neste sentido, um interface confiável e robusto é fundamental para evitar erros e caminhar no sentido da precisão; ser objectivo, directivo e ter um plano de aprendizagem claro, estando clarificada tanto a informação da unidade curricular como as expectativas dos alunos. A acessibilidade dos materiais e das actividades é fundamental, bem como a comunicação entre professores e alunos, mediante um estilo corporativo adequado (de forma a assegurar uma marca de referência nas apresentações) e consumos de rede apropriados (evitando atrasos e demoras na acessibilidade).

Em breve, irei partilhar neste blogue qual o conhecimento que construí sobre estas temáticas, ao longo das várias actividades colaborativas da unidade curricular de CAEL, e que objectivos já atingi nesta aprendizagem. A metodologia de trabalho do nosso grupo tem sido regular e muito interactiva, com recurso a várias ferramentas digitais eficazes, tais como a plataforma Moodle (fórum de discussão), encontros síncronos (chat) e a ferramenta colaborativa Prezi (elaboração e apresentação de trabalhos online).

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