2011/08/23

Aprendizagem e as redes sociais

Excerto do Programa 9 da Universidade Aberta que passa aos domingos, cerca das 14 horas, na RTP2, cujo tema principal foi a aprendizagem dos estudantes e as redes sociais disponíveis na Internet.
O programa completo está disponível em em http://vimeo.com/23967359 (Produção: Terra Líquida Filmes).



Aprendizagem e Redes Sociais (excerto) from JM on Vimeo.



2011/03/17

Utilização das redes sociais no ensino

O trabalho abaixo foi desenvolvido no âmbito duma actividade individual da unidade curricular de Metodologia de Investigação em Contexto Online, do Mestrado de Pedagogia em e-Learning, na Universidade Aberta [http://www.uab.pt/] e trata-se da reflexão sobre uma prática de pesquisa qualitativa específica e análise duma entrevista de natureza semiestruturada realizada na modalidade online, tendo sido seleccionado um informante para a recolha de dados sob a temática “utilização das redes sociais em contexto educativo”.

Espero que esta reflexão desperte o vosso interesse e convido-vos, desde já, a deixarem os vossos comentários ou apresentarem sugestões que possam melhorar este trabalho.

2011/02/27

Recursos educativos reunidos no Delicious

No âmbito da unidade curricular de MICO do mestrado de Pedagogia em e-Learning, na Universidade Aberta, tenho realizado pesquisas de bibliografia e recursos educativos relacionados com as temáticas discutidas ao longo das actividades desenvolvidas neste semestre.

Os resultados das pesquisas estão a ser reunidos pela turma na ferramenta Del.icio.us, onde podem encontrar a seguite tag [http://www.delicious.com/MICO09/marcofreitas] relativa à minha própria participação.

São várias as estratégias adoptadas pela nossa comunidade: pesquisa e selecção de recursos; partilha de informação; no espaço próprio disponibilizado pela Delicious, cada aluno escreve uma síntese da temática abordada no recurso seleccionado; organização por temas dos recursos seleccionados; discussão no fórum online da turma sobre a qualidade e relevância dos recursos.

Software para análise qualitativa de dados

As apresentações abaixo demonstram alguns softwares que podem ser utilizados no tratamento e análise qualitativa de dados recolhidos numa investigação.



2011/02/24

Redes sociais e educação

Com o advento da Internet, as relações entre os internautas tornaram-se mais interactivas e sociais. Em consequência, o ciberespaço tem alojado redes sociais que atraem a atenção de milhões de internautas, sobretudo os mais jovens.

Relembro os sites mais conhecidos, embora diferentes entre si (música, comunicação, vídeos, fotos, materiais, conteúdos): MySpace, Facebook, Twitter, Orkut, Yahoo Groups, Ning, Flickr (ver aqui uma lista mais completa).

A fim de compreendermos como estas redes sociais são utilizadas em contexto educativo, penso que devemos, antes de mais nada, conhecê-las com alguma profundidade.

Como ponto de partida para esta reflexão, coloco as seguintes questões:

a) Uma rede social é um espaço de interacção formal ou informal? Será de comunicação entre pares?

b)Os contactos de internautas formam a minha comunidade ou uma rede é formada por várias comunidades?

c) Esse espaço online será ainda um local de produção e partilha de conteúdos? O meu papel é dinamizá-lo ou controlá-lo?

Aproveito para partilhar alguns recursos que podem ser úteis nesse sentido:

- Resultados duma investigação: "A survey of K-12 Educators on Social Networking and Content Sharing Tools". Link: http://www.edweek.org/media/k-12socialnetworking.pdf

- Apresentação dos aspectos de rede social da aplicação Flickr: "The Promise of Social Networks". Link: http://www.debaird.net/articles/FlickrEdu.pdf

- Apresentação em slides de Stephen Downes (2005) em que aborda o lado instrucional das redes sociais: "Learning Networks: Theory and Practice". Link: http://www.slideshare.net/Downes/learning-networkstheory-and-practice

Não hesitem em deixar os vossos comentários ou partilhar aqui as vossas opiniões ou materiais.

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OBS: Fonte da imagem: http://www.focus.com/fyi/it-security/security-risks-social-networks/

Análise de entrevista

Como actividade de grupo inserida na unidade curricular de Metodologia de Investigação em Contexto Online (MICO), do Mestrado de Pedagogia em e-Learning, na Universidade Aberta, foi pedido que fosse analisada uma entrevista enquanto instrumento de recolha de dados no contexto duma investigação.

O trabalho foi realizado por várias fases, iniciando-se com a discussão pelos elementos do grupo no fórum online da unidade curricular e terminando com a elaboração do relatório de análise. Como se pode verificar no dossier abaixo, uma das estratégias de trabalho foi a criação duma grelha ou matriz que se revelou muito útil na identificação das categorias e unidades de registo e de contexto relativas à transcrição da entrevista.

Posteriormente, foi criado um fórum geral em que toda a turma desenvolveu um debate interessante sobre os trabalhos feitos pelos varios grupos. Graças à partilha de conhecimentos e troca de impressões e experiências, incluindo as intervenções e esclarecimentos prestados pela professora, chegámos a conclusões que não tinham sido conseguidas ao longo da actividade anterior. Algumas ideias foram, por isso, reformuladas e o entendimento sobre os novos conhecimentos aperfeiçoado.

Percebi que o processo de análise de dados é complexo e que exige capacidades de investigador bem desenvolvidas.

Problemáticas da investigação na e com a Internet

No âmbito duma actividade lectiva inserida na unidade curricular de Metodologia de Investigação em Contexto Online (MICO), do Mestrado de Pedagogia em e-Learning, na Universidade Aberta, pesquisei e analisei um estudo publicado que desenvolvesse uma temática importante para a compreensão das problemáticas na e com a Internet.

A minha opção foi seleccionar um artigo cuja investigação utilizou a Internet como recurso para a recolha de dados, nomeadamente um survey online.

O objecto desta análise é o artigo de investigação “Coordenadores de Comunidades de Repositórios Institucionais: o caso do RepositóriUM”, de Flávia Garcia Rosa (Universidade Federal da Bahia) e Maria João Gomes (Universidade do Minho), publicado na Revista Electrónica de Biblioteconomia e Ciência da Informação [disponível em http://hdl.handle.net/1822/11242], tendo sido aceite para publicação em 29/09/2010.

Na minha opinião, o instrumento de pesquisa utilizado foi eficaz na recolha de dados, tendo em conta os objectivos do estudo, e os resultados obtidos ajudaram a perceber melhor as questões que interessaram às investigadoras. As conclusões não só revelaram que se trata de uma realidade que tem de ser estudada com mais profundidade, como também apresentam outras questões que justificam novas investigações.

2011/02/13

Minhas participações no fórum online de CAEL

No dossier abaixo estão reunidas as minhas principais participações relativas às actividades lectivas realizadas ao longo do semestre da unidade curricular Concepção e Avaliação em e-Learning, do Mestrado de Pedagogia em e-Learning, da Universidade Aberta, em que as reflexões dos estudantes foram desenvolvidas nos fóruns de discussão disponibilizados na plataforma online do curso (Moodle).

Através destes conteúdos, pretendi completar o meu e-portefólio com as reflexões críticas e pessoais que desenvolvi relativamente às actividades em que participei. O objectivo não foi expor com pormenor como foram desenvolvidas as discussões da turma nos fóruns online do curso e sim reunir num só documento as minhas respostas às questões que orientaram essas discussões. As sínteses relativas às discussões da turma estão reunidas nos seguintes posts: post 1 e post 2.

No sentido de ser feito um acompanhamento mais consistente, sugiro que o visitante articule estes conteúdos com os restantes materiais disponibilizados neste blogue, os quais estão relacionados com as asctividades da unidade curricular atrás referida.

2011/02/09

Reflexão crítica sobre o meu blogue (ou e-portefólio?)


No âmbito das actividades relativas às Unidades Curriculares do Mestrado de Pedagogia em e-Learning da Universidade Aberta, ao longo deste semestre, fui produzindo materiais e reflexões que estão reunidas neste blogue. Uma vez que este blogue se tornou num instrumento de diálogo entre colegas e professores, considero que construí através desta ferramenta digital o meu e-portefólio para este mestrado. Entendo que me situo agora numa base diferente do propósito que inicialmente imaginei para este blogue. Sendo uma ferramenta dinâmica e intuitiva, o Blogger não exigiu todavia que fossem feitas adaptações complicadas. Antes pelo contrário, tem correspondido com eficácia satisfatória, porque, além de permitir a interacção com os visitantes (depósito de comentários e sugestões), suporta recursos e materiais de formatos e origens diferentes (interactividade com outras aplicações online).

Chego a esta conclusão porque alguns conteúdos foram sendo reelaborados, após uma avaliação minha que também tomou em consideração os trabalhos feitos pelos colegas nos seus e-portefólios. Fruto dessa partilha, criei outros modos de ver e de interpretar o meu trabalho feito e a tomar decisões que melhoraram aspectos que não estavam correctos. Refiro-me em especial às pesquisas contextualizadas pelas matérias em estudo que realizei para consolidar ideias ou aprofundar mais os novos conhecimentos. Por isso, este blogue (ou e-portefólio) é, para mim, um projecto de estudo em permanente evolução (reflexão-acção-avaliação), porque foi organizado de forma sistemática e mobilizou conhecimentos e capacidades que fui adquirindo enquanto estudante online.

Embora eu tenha abordado algumas preocupações e dificuldades sentidas à medida que fui desenvolvendo as actividades, este e-portefólio tem servido sobretudo como um instrumento de (auto-)avaliação que proporcionou uma visão mais ampla e completa do trabalho desenvolvido. Por exemplo, quando comparei os meus trabalhos individuais e colectivos que foram produzidos em fases distintas, foi possível identificar quais eram os pontos positivos que podia manter e quais os pontos que devia reformular.

Esta atenção sobre o meu e-portefólio justifica-se, em particular, por saber que o meu trabalho e reflexões estão expostos na Internet, podendo qualquer interessado acompanhar o que vai sendo feito (e porque não, comentar, propor ideias positivas). Assim, é natural que me preocupe em disponibilizar os melhores trabalhos ou que tente aperfeiçoá-los logo que possível, baseando-me muitas vezes na opinião dos colegas e em pesquisas mais rigorosas.

Por fim, penso que este e-portefólio me permitiu construir um plano do desenvolvimento pessoal de aprendizagem, em articulação com as minhas participações escolares na plataforma online do mestrado (LMS na Moodle). E mostra como consegui seleccionar informação importante e analisar os resultados das actividades, ao mesmo tempo que é um espaço que reflecte as competências que adquiri numa aprendizagem em contexto online.

Lamento que a comunicação com colegas e professores desenvolvida na plataforma do curso não esteja reflectida com mais clareza neste blogue. (Sobre as minhas participações e intervenções nas discussões do fórum online do mestrado, estou a preparar um dossier que será brevemente disponibilizado neste blogue.) Não foram ainda escritos comentários ou sugestões directamente neste blogue, mas fui recebendo um feedback positivo através das redes sociais onde os posts deste blogue são publicados automaticamente por eu ter conta de utilizador. São as vantagens das novas tecnologias e da Internet. ;-)

2011/02/06

Debate da turma: Actividade 4 CAEL

A turma de MPEL'04 desenvolveu uma discussão no fórum online da unidade curricular de CAEL, no âmbito do Mestrado de Pedagogia em e-Learning, da Universidade Aberta, à volta da temática "Actividades, instrumentos e modalidades de avaliação em contexto de formação online".

Foram previamente analisados os artigos científicos indicados no fim deste post.

Seguidamente à análise desenvolvida em pequenos grupos, foi decidido realizar uma discussão geral que permitiu trocar impressões e esclarecer com mais profundidade os conceitos abordados nos artigos. Um dos objectivos principais desta estratégia era cruzar os conhecimentos construídos pelos vários grupos na actividade anterior.

Tratou-se do último debate da turma nesta unidade curricular que, nem por isso, deixou de esmorecer o dinamismo que tem caracterizado a participação de todos nos debates desenvolvidos nos momentos mais importantes desta aprendizagem (Veja-se o número extenso das participações que transpus abaixo.). As conclusões que os estudantes formularam ajudaram, sem dúvida, a assimilar correctamente as questões principais duma problemática importante para o ensino online: actividades, instrumentos e modalidades de avaliação em contexto online.

Aproveito então para realçar as conclusões que me parecem mais importantes:

1. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO


1.1 Ferramentas online

- A qualidade da avaliação online representa uma grande preocupação. A tecnologia que se encontra em constante evolução também influencia a qualidade do ensino e da avaliação.

- A avaliação que decorre em contexto online, permite aos alunos assumirem um papel mais participativo e activo, inserindo-se em comunidades de aprendizagem e manifestando atitudes autónomas, responsáveis e de auto-controlo e auto-direccionadas.

- O potencial das ferramentas digitais (sejam elas e-portfólios ou a imensa panóplia de ferramentas da Web 2.0) só poderá ser atingido através de uma "desformatação", em especial dos professores. Há necessidade de se reconhecer que a relação dos alunos com a tecnologia está em mudança e que isso tem impacto nas suas expectativas e experiências da educação.

1.2. Fóruns de discussão online

- A constituição do sentido de comunidade de aprendizagem é em grande parte gerada no espaço dos fóruns.

- Esta comunidade deve ser fomentada de forma a proporcionar um clima favorável à exposição de pontos de vista. As discussões resultam de um trabalho em grupo, em que todos são responsáveis por participar, partilhando o conhecimento e manifestando abertura para opiniões diferentes.

- À medida que ganhamos prática na colocação dos posts e nas intervenções nos forúns, há uma preocupação em focar aspectos que de alguma forma dêem vida ao debate, fazendo com que a troca e partilha de ideias ganhe forma e se transforme num retrato mais completo e rico relativamente aos conteúdos que vão sendo abordados.

- As experiências de aprendizagem com suporte da Web2.0 podem sair da comunidade escolar, quando são publicados trabalhos, ideias ou fontes de informações nos nossos blogues ou perfis nas redes sociais. Deste modo, envolvemos outros indivíduos e até colegas de profissão. Esta possibilidade de trocarmos ideias com essas pessoas é uma mais valia à nossa experiência de aprendizagem, pois podemos ser confrontados com ideias nunca antes partilhadas na nossa comunidade.

- Há vários tipos de fóruns, a ferramenta Fórum de Discussão (não somente na plataforma Moodle) tem como ser configurada de várias formas, indo ao encontro de objectivos variados. No nosso mestrado temos utilizado dois tipos de fórum: notícias (em geral, configurado para que somente o professor possa colocar mensagens de vital importância para a UC) e o fórum geral. O fórum geral tem sido utilizado para colocar perguntas (fóruns de apoio) e, associados às atividades, para debate e apresentação de trabalhos.

- Temos também discutido em fóruns fechados e somente apresentado trabalho no fórum da turma. Este tipo de trabalho tem muitas vantagens, mas também algumas desvantagens, que creio podemos e devemos ainda debater sobre, até porque as sentimos bem na pele.

- Existe ainda a possibilidade de configurar o fórum de forma a que exista uma única linha de discussão, normalmente iniciada pelo professor e por ele moderada e, em muitos dos casos, com o objetivo de evitar que seja outra coisa para além dessa discutida.

- Os fóruns abertos permitem uma participação mais alargada e mais enriquecedora do que os fóruns de grupo.

- A participação dos alunos nos fóruns exige a leitura dos posts e a colocação dos seus próprios posts, procurando gerar um diálogo através do qual o tema ou temas são desenvolvidos/ aprofundados e problematizados com os diferentes contributos dos participantes, num fluxo que pode ser mais ou menos controlada pelo e-professor.

- Num fórum de discussão há que se ter uma visão geral do assunto em discussão e essa visão é conseguida através da leitura de todos os posts. Cabe a cada interveniente usar de várias estratégias de leitura, tais como a leitura rápida e vertical e a leitura atenta e mais pormenorizada, fazendo um filtro dos posts com maior ou menor informação relevante. Esta é uma estratégia a desenvolver.

- A opinião geral é que não deve haver um número máximo de contribuições. Por questões variadas, os alunos podem não conseguir participar todos nos primeiros momentos do debate. Se os primeiros participantes elaborarem um elevado número de posts estão a limitar a participação daqueles que por indisponibilidade não participaram de início.

- Uma das vantagens dum forum de discussão é promover a discussão, por isso haverá mais possibilidades de ser rico e produtivo se forem definidos limites ao número de posts. Se for estabelecido um mínimo, pode haver tendência para fazer textos mais extensos onde se procura dizer tudo e isso não vai motivar a discussão.

1.3 E-portefólio

- O e-portefólio dá-nos realmente a oportunidade de seleccionarmos o que melhor evidencia o nosso percurso e melhor contribui para a nossa avaliação/classificação.

- As discussões em fóruns e os e-portefólios são ferramentas de avaliação que deviam assentar numa transparência e na possibilidade que ela dá de reformular o produto final. Ao ver a forma como um aluno comenta o trabalho dos seus colegas e dá sugestões para melhorarem algum aspecto, o professor tem elementos que lhe permitem avaliar esse aluno.

- O e-portefólio dá, por exemplo, a possibilidade de se apresentar a versão 1 e a versão melhorada do mesmo trabalho, permitindo uma avaliação que contemple o produto e a evolução do aluno.

- A utilização do e-portefólio e fóruns de discussão online como processo de avaliação principal, é inviável em larga escala. Eles funcionam como processo individual e sem obrigatoriedade do aluno participar.

- Um e-portefólio está sempre a ser actualizado e que a avaliação que o professor faz desse e-portefólio também tem de se ir actualizando porque como o portefólio resulta da reflexão do aluno ele pode ir alterando-o à medida que a sua aprendizagem vai progredindo.

- Um ambiente online de aprendizagem precisa enquadrar eficientemente os objectivos dum portefólio como instrumento de aprendizagem e avaliação, identificando antes de mais "... the differences between using the portfolio as assessment of learning (a high stakes assessment model) and using portfolios for learning (as a tool to bring about self-awarness and met-cognition)" (Barrett, 2005, pág. 14).


2. MODALIDADES DE AVALIAÇÃO

2.1 No contexto do fórum de discussão online

- A avaliação dum fórum de discussão não deve ser feita só no fim, mas o professor deve ir acompanhando a discussão para acompanhar o processo e para dar a oportunidade aos alunos de reformularem o seu raciocínio se for caso disso.

- A forma como os fóruns são desenvolvidos nem sempre permite que as intervenções sejam muito longas sejam positivas, por condicionar a interacção entre os participantes.

- A avaliação das participações nos fóruns de discussão, como forma de aferir a interacção e participação dos intervenientes, pode assumir as seguintes categorias:
Participação passiva - a participação de contacto com o fórum de discussão, registada pela plataforma Web, sem qualquer manifestação escrita;
Participação activa - toda a acção traduzida por expressão escrita no fórum de discussão.

2.2 Heteroavaliação

- A avaliação promovida pelos professores (nas várias unidades curriculares deste mestrado) levou-nos a mudar e a conseguir criar discussões mais interessantes.

- No ensino online, a avaliação pode não ser uma responsabilidade exclusiva do professor e ser também partilhada com os seus pares (colegas de turma; comunidade exterior).

- Quanto às estratégias de moderação do professor ou do tutor, estudos mostram que a preferência dos estudantes recai sobre pequenos grupos de discussão conduzidos pelos próprios estudantes. Esses estudos atestam as vantagens dum ambiente de discussão com este tipo de moderação. Quando a moderação é feita pelos próprios estudantes, estes utilizam uma variedade de estratégias mais conducentes ao despertar de ideias inovadoras, conversas autênticas, motivação para participar, confirmando-se assim as intervenções de muitos colegas sobre a vantagem de deixar as nossas discussões.

2.3. Autoavaliação

- Não estamos habituados à auto-avaliação e estamos ainda menos habituados à avaliação pelos pares. Quando isso nos é solicitado parece que nos é pedido que prejudiquemos um colega se dissermos que não apreciámos determinado trabalho. Esta prática tem de ser fomentada de forma gradual, dissociando incialmente a ideia de avaliação da de classificação.

- O aluno a partir dos diversos feedbacks efectua uma autorreflexão e uma autoavaliação da sua aprendizagem devendo o processo de aprendizagem ser acompanhado a fim de se verificar se o rigor terminológico e científico é o adequado.

- O trabalho realizado em comunidade permite aprender mais, graças ao feedback da avaliação que dai surge. Temos de confontar outras opiniões e pontos de vista e isso ajuda a problematizar e a reflectir sobre o nosso próprio trabalho. É uma aprendizagem mais profunda, onde se desenvolvem aspectos como a auto-refelexão e consequentemente a auto-regulação das aprendizagens. Esta visibilidade ajuda a tomar consciência das estratégias metacognitivas. Isto é um processo individual e um desenvovimento da autonomia.

- A aprendizagem em ambientes online facultam uma visão global do percurso do aluno, permitindo a realização duma avaliação baseada num trilho construtivo e formativo, sob a forma de uma apreciação final sobre o seu percurso, nomeadamente um e-portfolio, ou sob a resolução de um determinado problema como uma situação de “estudo de caso”, sendo este último abordado no artigo trabalhado.

- A reflexão quer para o e-portefólio quer para a resolução do “estudo de caso” permite ao professor percepcionar melhor as direcções escolhidas e as razões dessas escolhas por parte dos seus alunos, sendo esta reflexão e análise de máxima importância em termos avaliativos em e-Learning.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETT, H (2000). "White Paper: Researching Electronic Portfolios and Learner Engagement". In Journal of Adolescent and Adult Literacy (JAAL-International Reading Association). Disponível em http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.123.1428&rep=rep1&type=pdf (acedido em 3 de Janeiro de 2011).

CATHERINE, McLoughlin; LUCA, Joe (2001) Quality in online delivery: What does it Mean for assessment in E-learning Environments? ASCILITE 2001 Conference proceedings. Disponível em http://ascilite.org.au/conferences/melbourne01/pdf/papers/mcloughlinc2.pdf (acedido em 3 de Janeiro de 2011).

HAMMOND, Michael (2005) “A review of recent papers on online discussion in teaching and learning in higher education” Journal of Asynchronous Learning Networks. Disponível em http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.109.1716&rep=rep1&type=pdf (acedido em 3 de Janeiro de 2011).

MASON, Robin; PEGLER, Chris & WELLER Martin (2004) "E-Portfolios: an assessment tool for online courses" British Journal of Educational Technology, Vol 35 Nº6 (717-727). Disponível em http://www.sarasotaintranet.usf.edu/ir/Documents/DistanceLearning/mason.pdf (acedido em 3 de Janeiro de 2011).

VONDERWELL, Selma.; LIANG, Xin & ALDERMAN, Kay (2007) "Asynchronous Discussions and assessment in Online Learning" Journal of Research on Technology in Education; Spring 2007; 39, 3; ProQuest Education Journals, pg. 309. Disponível em http://eric.ed.gov/PDFS/EJ768879.pdf (acedido em 3 de Janeiro de 2011).

2011/02/05

Elearning: porquê discutir?

Os alunos precisam constantemente de trocar impressões e partilhar conhecimentos para progredirem na aprendizagem. Além disso, esta interacção tem de ser avaliada para se saber qual é a qualidade das suas participações (pensamento crítico; produção de conhecimento; interacção). E como podemos fazer isso numa situação de elearning?

Como resposta a esta e outras questões, vejam esta apresentação de Britt Watwood, professor na Universidade de Virgínia.

Aprendizagem online: discussões assíncronas


As ferramentas online de colaboração assíncrona, como o fórum de discussão e o wiki, têm sido utilizadas em contexto de aprendizagem online (aprendizagem com o apoio de sistemas electrónicos disponíveis online) por serem eficazes para realizar colaborativamente actividades e trabalhos, permitindo assim um maior envolvimento dos alunos em todo o processo de ensino-aprendizagem.

Isto é, o aluno não está sozinho num espaço virtual e aprende em colaboração e cooperação com os restantes colegas da turma e com o professor. Neste espaço online podem partilhar experiências, resolver problemas e construir conhecimento. Enfim, discutir em conjunto os conteúdos que estudam e/ou produzem (interacção).

Tendo estas ideias em mente, contextualizadas pelo artigo "Asynchronous Discussions and assessment in Online Learning", de Selma Vonderwell et al, elaborei um esquema sobre o processo de discussões assíncronas online.




2011/01/26

E-portefólio

Um esquema ajuda-nos, muitas vezes, a entender melhor uma ideia ou teoria.

No sentido de compreender os objectivos da utilização do e-portefólio no ensino, considero estes dois equemas muito úteis.

Imagem 1 (fonte)




Imagem 2 (fonte, pág. 31)

Eportefólio e a avaliação


No âmbito da unidade curricular de CAEL do Mestrado de Pedagogia em Elearning da Universidade Aberta, alguns alunos elaboraram uma apresentação com recurso ao powerpoint baseada no artigo "White Paper: Researching Electronic Portfolios and Learner Engagement", de Helen Barrett (2005).

Um portefólio é uma "collection of student work that demonstrates achievement or improvement" (Stiggins, 1994). Será que podem ser transportas para uma situação online estas potencialidades pedagógicas? Descobrir se há diferenças e como o portefólio (neste caso, um eportefólio) pode ser utilizado de forma planeada e sistemática para servir de suporte à participação reflexiva dos alunos em contexto online, em particular, foi o objectivo principal desta análise.

Considero que os meus colegas de curso fizeram uma abordagem de boa qualidade, pelo que vos deixo aqui esta sugestão.


"Quality in online delivery"

No âmbito da unidade curricular de CAEL do Mestrado de Pedagogia em Elearning da Universidade Aberta, participei com os colegas Fernando Faria, Marina Moleirinho e Telma Jesus na análise, discussão e elaboração de uma síntese do artigo "Quality in online delivery: What does it Mean for assessment in E-learning Environments?", de Catherine McLoughlin e Joe Luca.

A estratégia de trabalho passou por várias fases, iniciando-se pela leitura e discussão do artigo, cujas perspectivas individuais foram sendo partilhadas em encontros síncronos previamente agendados (sala de discussão no Google) e através de mensgens enviadas por email. O texto foi então dividido em partes que respeitaram o sentido e coerência, para que cada um dos elementos do grupo analisasse a sua parte e apresentasse depois uma síntese.

Seguidamente, procurámos uma ferramenta online com a qual todos estivéssemos familiarizados e que disponibilizasse um espaço colaborativo para criar um powerpoint relativo à análise do artigo. A escolha recaiu sobre a ferramenta digital do Google, por ser intuitiva, fácil e interactiva e porque permite que vários utilizadores criem em conjunto diapositivos online.

Ao longo deste trabalho colaborativo, conseguimos conciliar sem grande dificuldade as decisões tomadas pelo grupo sobre a análise do artigo com a ferramenta disponibilizada pelo Google para a elaboração do powerpoint.

Aproveito para disponibilizar abaixo o resultado do powerpoint.

2011/01/08

Uso do powerpoint no elearning

O ensino em contexto online privilegia o uso das novas tecnologias, em particular, o software informático, porque são ferramentas que permitem uma grande produtividade tão necessária ao aluno que decidiu aprender através desta modalidade de ensino.

Aprender a distância é ter o computador como mediador na construção do processo educativo, pelo que se revela importante explorar os vários recursos oferecidos não só pelo computador, como também disponibilizados pela Internet.

Como é que o Powerpoint pode apoiar a aprendizagem na modalidade online?

Para obter respostas que me orientassem a produzir material mais eficiente através desta ferramenta, consultei os seguntes recursos:

a) "What everybody ought to know about using Powerpoint for e-learning"
Link: http://www.articulate.com/rapid-elearning/what-everybody-ought-to-know-about-using-powerpoint-for-e-learning/

b) "Before you create a PPT presentation".
Link: http://desktoppub.about.com/od/microsoft/bb/powerpointrules.htm

c) "Powerpoint failure". (Opinião dum professor sobre as potencialidades do PPT.)
Link: http://www.guardian.co.uk/education/2007/mar/06/highereducation.news

d) "How to powerpoint?" (Blogue com orientações sobre a utilização desta ferramenta.)
Link: http://learningppt.com/category/elearning/

Não foi fácil encontrar estudos relacionados especificamente com a utilização do Powerpoint para a produção de trabalhos feitos por alunos no âmbito de actividades educativas em contexto online. Assim, deixo-vos o convite para apresentarem novas propostas que possam ajudar-me a conhecer melhor as potencialidades do Powerpoint numa situação de e-learning.

2011/01/04

Debate da turma - CAEL Actividade 3

Wordle: CAELA turma de MPEL'04 desenvolveu uma discussão no fórum online da unidade curricular de CAEL, no âmbito do Mestrado de Pedagogia em e-Learning, da Universidade Aberta, à volta da temática "Perspectivas sobre avaliação pedagógica: a avaliação das aprendizagens em contexto online".

Foram previamente analisados artigos científicos (ver aqui), através do trabalho de pequeno grupo, com recurso a várias ferramentas digitais online (chat, wiki, email, sites para publicitação de recursos). Em articulação com essa análise, foi definida uma estratégica de discussão geral que permitiu, colectivamente, conhecer melhor os conceitos abordados nos artigos, esclarecer dúvidas e partilhar experiências pessoais e profissionais, relacionadas com as modalidades e estratégias de avaliação das práticas de ensino.

O debate atingiu um nível alto de dinamismo e produção de conhecimento e as participações formaram no seu conjunto um número imprevisto, mostrando assim o grande interesse desta temática junto de todos. As conclusões que os estudantes formularam ajudaram, sem dúvida, a assimilar correctamente as questões principais duma problemática importante para o ensino online ("como", "o que" e "por que" avaliar as aprendizagens em contexto online).

Destaco as conclusões que me parecem mais importantes:

- A utilização dos fóruns é uma das metodologias mais bem aceites e introduzidas no processo de ensino-aprendizagem em e-learning.
- As mensagens nos fóruns são fonte de informação, pois permitem ver muitos ângulos das questões. As várias perspectivas e a apresentação de dúvidas são enriquecedoras para a discussão colectiva das temáticas.
- Não é só pela participação em fóruns que conseguimos avaliar um aluno, pois há muitas competências que ficam de fora.
- Os debates em fóruns podem incorporar práticas de avaliação colaborativa dos contributos colocados e possibilitam ao professor uma visão mais rigorosa do tipo de contribuições dos diferentes alunos. A análise qualitativa e de classificação das mensagens nos fóruns de discussão é geralmente um processo moroso, executado manualmente pelo professor (M. J. Gomes).
- Os alunos devem ter conhecimento do que lhes é solicitado e da forma como irá decorrer a sua avaliação.
- Parece ser importante que todos os alunos percebam que são vários os critérios de avaliação sobre os trabalhos que vão realizar ao longo do curso. Por isso, devem aprender desde o início a conciliar com os colegas o modo como vão desenvolver as actividades.
- Parâmetros de avaliação pré-definidos guiam o trabalho dos alunos ao longo da tarefa, sendo uma das vantagens dos cursos online, segundo Barebrà.
- Avaliar a qualidade e a quantidade não são tarefas fáceis.
- Relativamente às atividades desenvolvidas pelos alunos, no ensino online, é importante que sejam determinados de forma clara, os objetivos a atingir pelos alunos bem como os critérios de avaliação da aprendizagem.
- No ensino online o feedback dado pelo professor, após efetuar a avaliação de uma tarefa (aprendizagem), é fundamental. Asim, o aluno reflecte sobre o trabalho desenvolvido e tenta melhorar a sua aprendizagem.
- O feedback do aluno para o professor é uma forma de obter informação sobre os efeitos da instrução (Slavin).
- O retorno é uma componente muito importante da avaliação, em geral, e do acompanhamento dos e-portefolios, em particular (M. J. Gomes).
- Os parâmetros estabelecidos e descritos no Contrato de Aprendizagem orientam o percurso de aprendizagem e cabe ao estudante online segui-las, enriquecendo assim o seu desempenho educativo.
- O eportefólio é uma oportunidade para o desenvolvimento de capacidades de reflexão dos alunos (Helen Barrett). E fomenta a auto-consciencialização do que foi feito e da forma como foi feito.
- Avaliar portefólios também não é tarefa fácil, nem linear. É preciso um grande esforço de entendimento e de objectividade.
- A construção do portefólio deve sempre convergir para os critérios estabelecidos pelo professor quando a tarefa foi designada. Caso contrário, temos um conjunto de trabalhos reflexivos cujos conteúdos são dispares e a avaliação tem igualmente de ser adequada a acada um deles.
- Adoptar o e-portefólio como um dos instrumentos/fontes de avaliação e o mesmo deve ser bem pensado e planeado para o fim a que se destina (Attwell).
- As entradas do e-portefólio são, no seu conjunto, o instrumento de análise à disposição do professor. Mas o seu conteúdo pode ir além da reflexão, nomeadamente outros materiais ou recursos pesquisados pelo aluno que podem ser incluídos, por exemplo, no conceito de "personal development".
- Uma das vantagens do ensino a distância é a flexibilidade que ele permite, uma vez que a comunicação síncrona não é privilegiada. Cada aluno pode programar o seu trabalho individual de acordo com a sua disponibilidade de tempo.
- No ãmbito da avaliação, devemos ter em conta os principios da flexibilidade e da adaptabilidade, porque os contextos educativos alteram-se e os alunos são diferentes entre si.
- Para que a avaliação seja "saudável" e caminhe por um trilho certo, todos os elementos do percurso do estudante devem ser tidos em consideração, seja ele um estudante online ou presencial.
- O papel do professor no ensino online não se esgota na facilitação da aprendizagem. Tem de acompanhar todo o processo de aprendizagem, identificando o perfil dos estudantes através dos diversos tipos de tarefas/instrumentos/estratégias de avaliação e efectuar uma avaliação rigorosa.
- Avaliar alunos num ensino on-line é tão difícil ou mais do que no ensino presencial, sendo a avaliação, por isso, essencial para o processo.
- A avaliação sumativa não chega a assumir uma forma absolutamente objectiva.